MPF vê processo contra suspeito de matar brasileira no Suriname paralisado e avalia pedir transferência para o Brasil

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Procurador da República abriu procedimento após receber informações de que Aimar Lopes de Sousa pode ser solto a qualquer momento. Marido é suspeito de matar Romenia a facadas
Reprodução/TV Anhanguera
O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento para acompanhar o processo contra Aimar Lopes de Sousa na República do Suriname. O homem é suspeito de assassinar a tocantinense Romenia Brito naquele país em novembro de 2020. O MPF está avaliando pedir que o caso seja transferido para o Brasil após receber relatos de que a investigação está paralisada.
A abertura do procedimento consta no Diário Eletrônico do MPF. O procurador da República Thales Cavalcanti Coelho escreveu que o suspeito está “detido cautelarmente no presídio Huis Van Bewaring, localizado em Santo Boma, distrito de Paramaribo, desde novembro de 2020, sem julgamento, por acusação de homicídio, encontrando-se o caso em fase de coleta de depoimentos de testemunhas”.
Apesar disso, Coelho diz ter recebido um relato de que “dada a situação da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) no país, os testemunhos foram adiados e não há previsão de nova data para ocorrerem”. No documento, esta informação está creditada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Romenia tinha 28 anos e era natural do Tocantins
Arquivo Pessoal
A possibilidade de pedir a transferência do processo, e eventual extradição de Aimar Lopes de Sousa, será avaliada pela Secretaria de Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República.
O g1 procurou a Embaixada do Suriname no Brasil para comentar o caso e aguarda um retorno. A defesa de Aimar Lopes de Sousa ainda não foi localizada.
O crime
O caso chamou atenção tanto pela violência, uma vez que Romenia Brito foi morta na frente dos filhos, como pela maneira que foi descoberto pela família. A irmã da vítima, Holanda Brito Reis, de 26 anos, contou que ficou sabendo do crime ao tentar fazer contato com a vítima por um aplicativo de celular.
Reveja abaixo reportagem da época do crime
Corpo da mulher assassinada no Suriname chega em Buriti do TO para enterro
Ela enviou uma foto para o celular de Romenia. Pouco depois, ela recebeu uma ligação de uma desconhecida contando do crime.
“Aqui na cidade está tendo um festejo e nós tiramos uma foto com o padre que batizou a gente quando éramos criança. Eu mandei a foto por volta das 6h40 e vi que ela ficou online horas antes, 4h26, e até estranhei porque costumava acordar mais tarde. Logo depois uma mulher me ligou do número dela [da irmã] e disse que minha irmã tinha morrido”, contou.
O assassinato aconteceu durante a madrugada e teria sido presenciado pelo filho mais velho de Romenia Brito, que tem 10 anos. Segundo a família, o principal suspeito do crime é o próprio marido dela, Aimar Lopes de Souza, que também é brasileiro. A motivação seria que Romenia pretendia terminar o casamento e voltar ao Brasil.
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Fonte: G1 Tocantins